quarta-feira, 30 de novembro de 2011

OBSESSÃO POR LEITURA

Além de acumular milhares de livros, o leitor segura quatro ao mesmo tempo, expressando um inquietante e obsessivo desejo de se apropriar de seus conteúdos.
IMAGEM: Carl Spitzeweg, Le rat de bibliotèque, cerca de 1850.     






 Do blog do Pr. Altair Germano

domingo, 20 de novembro de 2011

PENSEI

Eu pensei que poderia explicar
A grandeza que és, mas não
Eu pensei que poderia encontrar
O caminho que és, mas não

A explicação se esgotou
Mesmo querendo encontrar
É que o Senhor me buscou
Quando a estrada era só escuridão
 
Vou e faço o meu melhor Isso é barro em Tuas mãos Tu vens, me chamas para entrar Em Teu reino de amor


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Queda

Compartilho com vocês um trecho do artigo "Por que acredito no Cristianismo" do escritor G. K. Chesterton (1874- 1936). Chesterton, para quem não conhece, foi um jornalista e ensaísta britânico que se tornou uma das principais vozes apologéticas do século XX. As ideias de Chesterton influenciaram outro grande escritor e apologista, o irlandês C. S. Lewis (1898- 1963). Nesse trecho, o escritor Chesterton expõe com clareza, como era de sua natureza, a verdade cristã sobre o tema da Queda. Leia:



Finalmente, há uma palavra a dizer sobre a Queda. Só poderá ser uma palavra, e ela é esta. Sem a doutrina da Queda, toda a idéia do progresso é sem sentido. O Sr. Blatchford diz que não houve uma Queda, mas uma ascensão gradual. Mas, a própria palavra “ascensão” implica que você saiba em que direção está ascendendo. A menos que haja um padrão, você não pode se dizer em ascensão ou em queda. Mas o ponto principal é que a Queda, tal como todos os outros largos caminhos do cristianismo, está embebida, invisivelmente, na linguagem comum. Qualquer um pode dizer, “Muito poucos homens são realmente humanos.” Ninguém diria, “Muito poucas baleias são realmente, ‘baleiais’.”

Se você quisesse dissuadir um homem de beber sua décima dose de whisky, você bateria em suas costas e diria, “Seja homem.” Ninguém que desejasse dissuadir um crocodilo de comer seu décimo explorador, bateria nas costas da fera e diria, “Seja crocodilo.” Pois, não temos nenhuma noção de um crocodilo perfeito, nenhuma alegoria de uma baleia expulsa do Éden ‘baleial’. Se uma baleia viesse ao nosso encontro e dissesse: “Eu sou um novo tipo de baleia, eu abandonei a ‘baleiez’,” não deveríamos nos preocupar. Mas, se um homem viesse até nós (como muitos logo virão) e dissesse, “Eu sou um novo tipo homem. Eu sou o super-homem. Eu abandonei a misericórdia e a justiça;” deveríamos responder, “Sem dúvida você é novo, mas nem um pouco parecido com o homem perfeito, pois este sempre esteve na mente de Deus. Caímos com Adão e ascenderemos com Cristo; mas preferimos cair com Satã, que ascender com você.”

G. K. Chesterton
Publicado em: The American Chesterton Society
Traduzido por: Antonio Emilio Angueth de Araujo
(vi no blog Teologia Pentecostal)

Palavrantiga - Vem Me Socorrer (Acústico)

alvoo

Heloisa Rosa - Perfeito

DVD Livres para Adorar - "Mais forte que a morte"

REAVIVAMENTO

Reavivamento é renovada convicção de pecado e arrependimento, seguida de um intenso desejo de viver em obediência a Deus. É a entrega da vontade a Ele em profunda humildade

domingo, 6 de novembro de 2011

REFORMA PROTESTANTE


MULHERES DA REFORMA

Agência lembra ícones femininos do movimento de Lutero

Homens e mulheres tiveram papel importante no movimento da Reforma protestante no século XVI. Mas enquanto a história registra a contribuição de Martim Lutero, João Calvino, João Knox, Ulrico Zwinglio, Felipe Melanchton e outros, quem é capaz de mencionar a participação de mulheres no movimento?

Catarina Von Bora, Catarina Schutz Zell, Claudine Levet, Marie Dentèrem, Rachel Specht ocuparam espaços na Reforma protestante, destaca a pastora reformada Sonia Motta, da Igreja Presbiteriana Unida (IPU), em artigo que escreveu para o Centro de Estudos Bíblicos (Cebi).

“Se na Idade Média o ideal feminino era o de monja, na época da Reforma o ideal era ser esposa e mãe”, assinala Sonia. Lutero tinha essa postura, entendendo que a esposa e mãe estavam sujeitas ao marido. João Knox foi ainda mais radical, não aceitando qualquer tipo de governo de mulheres, pois isso contrariaria a natureza da Escritura e usurparia a autoridade masculina.

Mesmo tratando do silêncio das mulheres, como o apóstolo Paulo preconizara, Calvino reconheceu a participação e a importância delas nas Escrituras Sagradas, mas manteve a subserviência da mulher em relação ao homem, analisa a pastora reformada. O reformador admitia que seria um escândalo uma mulher ensinar o seu marido pela pregação.

A mulher de Lutero, Catarina von Bora (1499-1550), é, talvez, a reformadora mais reconhecida, pois conseguiu extrapolar o papel de “esposa de Lutero”. Ela foi monja antes de se casar com Lutero e conhecia os segredos da medicina caseira. Ela era uma ótima administradora dos bens familiares, sabia ler e escrever, o que era uma exceção para a condição de mulheres da época.

Em Estrasburgo viveu Catarina Schutz Zell (1497-1562), casada com um sacerdote que foi excomungado. Ela escreveu ao bispo local defendendo o casamento de clérigos. Era uma mulher culta, leitora de Lutero. “Catarina Zell também escrevia muito, e em suas cartas incentivava as mulheres dos fugitivos (defensores da Reforma) a permanecerem firmes na fé”, afirma Sonia.

Schutz Zell escreveu comentário sobre os Salmos 51 e 130, sobre a oração dominical e o Credo. Acolheu flagelados, pessoas perseguidas, visitou doentes, realizou pregações, inclusive na morte do marido.

Em Genebra, Claudine Levet assumiu, em diversas ocasiões, o papel de pastora e pregadora, quando eles faltavam em congregações. Ela aplicou suas posses em favor dos pobres. Marie Dentière também atuou em Genebra, como pregadora e escritora. Chegou a remeter carta à rainha Marguerite, de Navarra, pedindo que ela intercedesse junto ao irmão, o rei da França, para eliminar a divisão entre homens e mulheres.

“Embora não seja permitido a nós (mulheres) pregar em assembléias públicas e nas igrejas, não obstante não nos é proibido escrever e admoestar uma a outra com todo o amor”, escreveu à rainha.

A calvinista inglesa Rachel Specht recorreu, em 1621, à parábola dos talentos para defender o direito das mulheres. Se Deus concedeu corpo, alma e espírito às mulheres, por que Ele daria todos esses talentos, se não para serem usados? – indagou. Não usá-los seria uma irresponsabilidade, argumentou.

Igrejas da Reforma, constata a pastora presbiteriana, levaram algum tempo para ordenar mulheres, o que não é, “lamentavelmente”, a prática em todas as denominações protestantes.