segunda-feira, 2 de maio de 2011

E a liturgia assembleiana?


O contexto assembleiano precisa trabalhar a questão litúrgica. Mas o que é liturgia? A palavra vem do grego leitourgía e significa literalmente “função em serviço público”. A liturgia é uma ordem do culto. É todo o conjunto dos elementos e práticas do culto. Mesmo que os alitúrgicos, com um discurso pseudoespiritualizado, digam que os seus cultos são sempre espontâneos e sem ordem prévia, é um grande engodo facilmente contestado pela observação das práticas repetidas desses grupos.

Todas as denominações possuem suas liturgias, e a Assembleia de Deus não foge disso. Na maioria das vezes essas liturgias não são oficializadas, mas a tradição oral segue intacta na passagem do tempo. Algumas práticas litúrgicas devem ser revistas, outras melhoradas e outras até trocadas. O culto sempre deve ter um foco cristocêntrico, nunca antropocêntrico. O objetivo do culto deve ser cultuar a Deus, por mais óbvia que essa frase seja.

Vejamos algumas práticas:


a) As apresentações

Há claros excessos nas apresentações dos convidados, especialmente de pastores. Há muita pompa, com frases do tipo: “Este homem é conhecido por todo o Brasil”, “este meu amigo prega constantemente na sede”, “este pastor já têm cinco DVDs gravados” etc. É um tipo de vaidade misturada com uma bajulação barata e brega. Não serve para um culto cristocêntrico. As apresentações dos convidados devem informar, não bajular, e devem primar pela discrição.

b) Os cânticos do hinário

Como todo liturgia que é engessada pelo formalismo, os cânticos do hinário carecem de essência. Como assim? As letras e as músicas são maravilhosas, mas na maioria das vezes são cantadas sem vida. Os hinos do hinário dificilmente são ensaiados por igrejas que não têm orquestras, ou seja, a maioria. Há muito improviso e é comum que o dirigente do louvor peça que a congregação escolha um hino para ser cantado. Nenhum louvor na igreja, por mais conhecido que seja, deve ser descuidado de um bom ensaio e espírito de adoração.

c) Os recados

Os recados são importantes e necessários, mas é preciso cuidado. O dirigente do culto público deve anotar e passar resumidamente esses recados de eventos ou pedidos de oração. Gastar muito tempo com essa burocracia comunicacional certamente atrapalha um culto cujo foco é a adoração a Deus.

d) Os testemunhos

É bom ouvir testemunhos, mas o culto não pode ser resumido a eles. Os testemunhos devem ser resumidos e não deveriam ser ocupados por muitas pessoas. O testemunho deveria ser ouvido antes, pois é possível que se ouça alguma coisa não agradável, do tipo: “Eu quero agradecer a Deus porque o guarda de trânsito não me multou”! Há também aqueles que querem testemunhar sobre cada eletrodoméstico que a família compra.

As músicas gerais e as pregações merecem um novo post.

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